A vencedora da sondagem desta semana foi a Sonae. Desde o início do actual movimento ascendente este título já cresceu mais de 140%, tudo isto em pouco mais de um ano. Não surpreende, já que é conhecida pela sua tradicional capacidade para amplificar os movimentos do PSI-20.
Actualmente a Sonae representa um dos poucos títulos portugueses sem sinais consistentes de inversão de tendência. Após ter sido constituída uma base de suporte para as cotações, o trajecto ascendente tem-se vindo a fazer apoiado numa linha de tendência que contava já com 7 pontos de contacto até ter sido quebrada em baixa há pouco mais de um mês. Tivesse sido esta análise pedida na semana passada e este sinal teria condicionado uma boa parte da minha opinião. O que é certo é que esta semana foi dada uma incrível prova de vitalidade, com a quebra em alta da importante resistência que se encontrava nos 80 cêntimos. A somar a esse dado temos mais dois, a recuperação da linha de tendência e a consagração de ambos os sinais com forte volume.
De todos os dados técnicos que é possível actualmente apurar a partir do gráfico, o mais relevante será provavelmente a manutenção do padrão de higher lows em fecho. Estando os pontos de deflecção cada vez mais elevados e havendo uma quebra do anterior máximo relativo com volume tão significativo é inevitável considerar que a Sonae se mantém em
Bullish mode. O que teria de acontecer para esse cenário se inverter? Deixando a LT de ter a mesma relevância técnica, apenas uma inversão neste padrão de mínimos relativos cada vez mais elevados poderia fazer soar os alarmes. Neste momento esse mínimo ronda os 66 cêntimos. Bastante distante do actual ponto, mas ainda assim é a referência. Como já mencionei anteriormente estou negativista em relação ao PSI-20 (esta semana vou fazer-lhe uma análise mais completa), e a confirmar-se a significativa correcção que eu antevejo a Sonae poderia ser obrigada a retrair um pouco antes de continuar a avançar.
Uma eventual retracção seria positiva pois ajudaria o título a ganhar fôlego e permitiria a quem ainda está fora entrar com um risco mais reduzido (entrada percentualmente mais próxima da zona de stop). Aquela que é agora uma zona de suporte dificultará certamente essa retracção, mas por si só os 80 cêntimos não me parecem fortes o suficiente para impedirem uma correcção. Se chegar aos 74 cêntimos tentarei provavelmente uma entrada longa, sobretudo para fazer
hedging às actuais posições curtas de médio prazo que detenho em Portugal.