CTT dão seguimento ao mau momento

Ao contrário do muito que se disse e escreveu a propósito dos maus resultados dos CTT, a notícia acaba por não ser muito surpreendente do ponto de vista da reacção do preço. Enquanto alguns títulos portugueses, como a Jerónimo Martins, se aproximam de máximos de médio prazo, este em particular ameaça novamente visitar mínimos. O que fazer numa situação como esta? A fazer-se algo, há que shortar. A repudiar-se este mecanismo de negociação, há que esperar por sinais de inversão para testar uma entrada longa.

Para os que vêm o mercado em ambas as direcções do ponto de vista da negociação, a oportunidade para fazer um short seguro não está ainda presente. Há que esperar por uma reacção em alta, ou uma consolidação da descida, para depois fazer o movimento de short. Para dar contexto à minha ideia, veja-se o ocorrido em finais de Junho. Um gap de quase 10% foi depois seguido por um movimento de alta que se travou precisamente na aproximação ao topo do gap. Após a aproximação, novo movimento descendente. Esta vela da última sessão deixou marcado um novo gap que termina nos 7,3€. Caso se repita o ocorrido anteriormente, é expectável que depois de novos mínimos tenhamos uma potencial reacção em alta até próximo dessa zona de resistência. Uma reacção em alta que aproximasse o título desse ponto, sem ultrapassar a zona de resistência que termina nos 7,67€ em alta, seria o ponto ideal de teste de short. Melhor, ainda, seria esperar pelo ponto de inversão assinalado no gráfico horário. Repare-se na clareza dada no gráfico horário por este H&S top para a vela da última sessão, a assinalar de forma inequívoca a possibilidade de um movimento de inversão.

Para os mais optimistas no futuro da empresa, e que fazem questão de negociar apenas no sentido ascendente, este não é de todo o momento de testar uma entrada. Não o será, tão pouco, caso a expectável reacção ascendente de curto prazo venha a ocorrer. Para uma entrada de sucesso, o título terá de mostrar sinais de força. A primeira demonstração de força expectável será, para já, na ultrapassagem em alta da zona de resistência. Honestamente, não creio que isto vá ocorrer sem testarmos novos mínimos e sem que se formem novos pontos de referência. Mas, para já, teremos de nos guiar por este ponto. Outro ponto de atenção será a inversão na lógica de lower-lows. Enquanto continuarmos a ter novos mínimos inferiores ao anterior, por muito fortes que sejam os pullbacks, não deverão ser suficientes para motivarem uma entrada baseada no médio prazo.



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