Ainda o Curso Intensivo de Trading - Uma pequena história em dia de Aniversário

No dia do 8º aniversário deste espaço, que deve já ser o mais antigo Blog dedicado aos mercados financeiros ainda em actividade em Portugal, vou partilhar com vocês a história que me levou até à Activtrades e que esteve por detrás da minha participação enquanto formador no curso que se inicia na próxima semana. Surge esta história porque nos últimos dias tenho recebido diversas mensagens privadas no Facebook do Blog devido à necessidade de se abrir uma conta real para participar no curso intensivo de trading, e ao receio que isso gera por não ser ainda a Activtrades uma corretora muito conhecida em Portugal. Antes de mais, deixem-me desde já esclarecer que eu não sou um elemento da Activtrades. Sou convidado deles para a área da formação e análise, e um cliente satisfeito. Estou, por isso, à vontade para os criticar quando acho que seja justificável. Sinceramente, não me parece que seja este uma das situações merecedoras de crítica. 

A Activtrades decidiu implementar uma estratégia comercial que a maioria dos bancos Portugueses (e não só) usam. Oferecer algo como motivação para a abertura de novas contas! A maioria dos bancos oferece tablets, vouchers para hotéis, taxas de juro promocionais, e afins... a Activtrades decidiu oferecer formação. Porque me parece esta uma atitude inteligente? Porque, como disse no post anterior, ao formar os clientes estão a contribuir para o seu sucesso de longo prazo. Clientes de sucesso são clientes para a vida, e não para o trimestre. 

Como já partilhei em ocasiões anteriores, já trabalhei com quase todas as grandes corretoras a operar em Portugal (e pequenas também). Sou um cliente exigente e pouco comodista, e quando estou mal mudo-me. Raro era o dia, em algumas dessas corretoras, em que não recebia meia dúzia de sugestões de compra ou venda de posições que geralmente acabavam próximas do break-even. Por vezes de forma tão agressiva que o meu gestor de conta me ligava a perguntar porque não negociava já há não sei quantos dias, e se não queria abrir 5 contratos no euro/dólar porque aquilo era toda a gente a enriquecer com esse par nessa semana. Todos os que andam neste mundo sabem perfeitamente do que falo... 

Quando uma instituição à qual confio o meu dinheiro me estimula a jogá-lo (não tem outro nome), eu fico preocupado. Abri conta na Activtrades em 2012, se não me falha a memória, porque procurava uma corretora internacional de confiança e com preços que não tivessem nada a ver com os assaltos à mão desarmada que se praticam por aqui. Li algumas reviews e opiniões, e na altura estava em dúvida entre duas: A IB e a Activtrades. Abri conta nas duas, mas acabei por nunca fazer o depósito inicial na IB. Nem foi tanto pelo montante mínimo necessário para abrir conta (10.000€), foi sobretudo pelo receio de enviar o meu dinheiro para o desconhecido. Também me sentia pouco à vontade porque só tinham suporte em inglês, e o processo de depósito parecia-me um pouco confuso...

Enfim, acabei por fazer o depósito inicial apenas na Activtrades, e comecei a negociar com eles. Uma das coisas que me espantou foi a falta de agressividade comercial, aparentemente ligada à forte supervisão do regulador Britânico, bem menos tolerante do que a nossa CMVM. Ligaram-me uma vez para perguntar se necessitava de ajuda no processo de abertura, e ligavam-me quando lhes enviava um mail a perguntar qualquer coisa. Ligaram-me também numa altura em que as coisas não estavam a correr tão bem, a perguntarem se não achava melhor fazer uma pausa para assentar ideias. Foi uma atitude interessante, que dava muito para falar, mas sobre a qual não me vou alongar agora. Aos poucos fomos ganhando afinidade, e tomei a decisão de associar o nome deles ao meu, recomendando-os neste espaço como a minha corretora de eleição. Como contei na altura, não o fiz de ânimo leve. Recebia já nessa fase diversos pedidos de publicidade por parte de várias corretoras, e nunca avancei porque não me sentiria bem comigo mesmo em recomendar algo em que não acreditasse. 

Bem, resumido que a história já vai longa, uma coisa leva à outra e comecei a fazer formação em conjunto com a Activtrades. O modelo online acabou por prevalecer por ser cómodo e prático, e por permitir associar na mesma formação pessoas de todo o país. Permite também fazer algo que de outra forma seria quase impossível, um processo de seguimento temporal dos participantes. A Activtrades veio com esta ideia, e eu abracei-a de imediato. A condição seria permitir apenas o acesso a novos clientes. Não foi também definido um preço para que os não clientes participassem, porque o objectivo deles não seria ganhar dinheiro. Na primeira edição acabou por se estender a participação aos clientes já existentes, mas como o facto de fazerem um depósito extra gerou algum descontentamento (eu próprio contestei a medida na altura), nesta edição decidiram regressar ao formato pré-planeado. 

Apesar de o curso ser limitado a novos clientes que depositem um mínimo de 300 euros, esse dinheiro fica sempre disponível para negociação e para movimentação. Pode, inclusive, ser levantado imediatamente após o fim do curso, e a conta encerrada sem quaisquer obstáculos ou limitações. Pessoalmente penso que a maioria das pessoas não o fará, porque poderá usar essa conta para negociar determinados instrumentos a um preço muito inferior ao que é oferecido em portugal, mas é sempre uma opção em aberto. Posto isto, a minha mensagem para os que têm dúvidas é que não deixem de participar no curso por receio ou desconfiança. É uma oportunidade de aprendizagem e de troca de experiências, grátis, que poderá não voltar a ser repetida. Se quiserem de volta o vosso dinheiro no final do processo, basta pedirem o levantamento. Para os que entretanto já se inscreveram, até segunda-feira!!



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